AMOR ETERNO



A rua onde caminha o dia
brilha o Sol em demasia
passa o tempo e a coragem
nestas folhas mortas de paisagem


           E lanço aos céus os ais que me consomem,
           e no fundo corpo em largo, em alto e profundo,
           alongando os olhos - cristais- deste mundo,


                        Suspiro pelo que ontem fui buscar,
                        à corte silente do pensar
                       Chorando o tempo já desperdiçado a passar


À luz do Sol, na noite sossegada,
ao me perder, ponho-me a par da história
escrevendo o amor calado: retalhos da memória
Ouvir com os olhos o que já se viveu em glória


                     O rito mais solene da paixão
                     de juramentos à língua quando o sangue arde.
                     quando da vida - nem viver e morrer - se sabe
                     a intensidade de quando o sentimento invade


Amor não teme o tempo, não vaga de hora em hora,
Antes se afirma em cada instante a eternidade dum agora.
E, indo entrando, a solidão vai esquecendo pelo tempo a fora.





Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 25/02/2011
Código do texto: T2815058
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