DESPEDIDA

Passo pela porta uma última vez

precedendo ao silêncio que reinava.

ele foi quem determinou o adeus

ele vaticinou que tudo se acabava.

o melhor ficou no passado irreversível

lembranças que como o sol foi ao poente.

de alegrias passadas. caminhos felizes.

sensibilidades de quem ja nada sente.

Olho indeciso a flor de beira de estrada

uma flor amarela teimosa por aquelas bandas

porque não teria nosso amor teimado assim.

a esalar por longo tempo suaves lavandas.

Afastados de afetivo elo que rompido liberta

dois corpos para levar uma vida vazia.

arrebatados para um recomeço precoce

buscando por fugas prazeres em rebeldia.

Ah! os moços que fomos. Ah! tolos que somos,

subindo a rampa da solidão no cansaço imaturo.

buscando tudo que distraia e nos afasta.

sendo cada busca um tiro no escuro.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 25/02/2011
Reeditado em 05/03/2011
Código do texto: T2814032
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