DESPEDIDA
Passo pela porta uma última vez
precedendo ao silêncio que reinava.
ele foi quem determinou o adeus
ele vaticinou que tudo se acabava.
o melhor ficou no passado irreversível
lembranças que como o sol foi ao poente.
de alegrias passadas. caminhos felizes.
sensibilidades de quem ja nada sente.
Olho indeciso a flor de beira de estrada
uma flor amarela teimosa por aquelas bandas
porque não teria nosso amor teimado assim.
a esalar por longo tempo suaves lavandas.
Afastados de afetivo elo que rompido liberta
dois corpos para levar uma vida vazia.
arrebatados para um recomeço precoce
buscando por fugas prazeres em rebeldia.
Ah! os moços que fomos. Ah! tolos que somos,
subindo a rampa da solidão no cansaço imaturo.
buscando tudo que distraia e nos afasta.
sendo cada busca um tiro no escuro.