... ainda... agora... mesmo...

A casa é frágil,

as estruturas estão por um fio,

grande superficialidade,

grande inútil sou eu.

É hora, agora...

chegou a hora de recomeçar,

colocar os pés na estrada,

seguir viagem,

construir novos caminhos.

Começo a me reorganizar,

o tempo é curto, o dever é grande,

posso agora ser alguém, de novo.

Estamos na reta final,

com muito tempo ainda pela frente.

Também acho que a fé é pouca,

também sonho com castelos, mistérios, luas cheias,

sou o vento, a bruxa, o grito...

Sou muito mais que simples papel.

Poetas, não discutam meus versos,

deixem-me dormir e adormecer sobre as flores,

tenho muito, agora, ao meu redor,

posso ainda ser feliz com você.

Por favor, não se deixe acreditar em ideias tolas,

nossa mente é mesmo traiçoeira,

não a deixe dominar-te e separar-nos,

as flores ainda dormem,

ainda preciso muito do vento,

as pétalas são poucas,

a água já anda escassa.