Depois da noite insana

Amarras que me amarram...

Laços que se enlaçam.

Não desejei carregar essa raiva,

nas costas me vem a marca

da faca da traição.

Da atração puramente amiga,

da amizade pura cheia de intenção,

meu amigo de sonho

em minutos da realidade,

a minha descontrolada vontade,

desavergonhada saudade.

O ódio da raiva do mesmo sangue.

O estranhamento e a convulsão.

Em vômitos toco essa imagem...

ah, não! amigo meu...

Diga ao meu coração que não.

A mancha que mancha o sonho,

a arrogância da realidade

arrebentando, a tapas, a nuvem de pensamentos.

A madrugada fria,

a rua vazia e fria,

a doença sadia ao fim do dia,

a saúde sombria,

a morte e o verão, longe, distante.

Onde... você... por favor...

Onde... ao menos sua voz...

Quais o números, quais as placas,

as facas, as setas?

Abraço puramente amigo,

distante da loucura do pó...

do poder de apagar sonhos...

de manchar sonhos...

de esfolar alegrias.

Sem mais...

eu... você... um só pedaço de pão.

Dividindo um violão.

Distante daquela distante noite deste instante.

Dividindo um violão.