ABRAÇO EM VÃO
ABRAÇO EM VÃO
Centenas de palavras surgidas do nada,
Os meus velhos rabiscos perdidos no espaço.
É muito torpe como se a mulher amada,
Fugisse de nós após um caloroso abraço.
Procurar-lhe-ei como se a alma fatigada,
Emergindo com forças do último cansaço.
Começando de novo a nova jornada
e mesmo envolvido pelo mais duro laço.
Muito embora acho, seria previsível,
Estarmos juntos pelo mais preferível,
Amando e subindo de mãos dadas ao pódio..
Essa luta jocosa, vã e insensata,
Aniquila minh'àlma, aos poucos me mata;
Vivo dando-lhe amor e recebendo ódio...
Goiânia, 10 de novembro de 2000.