SOLIDÃO


Sinto a solidão coroada de rosas,
Que palpita, em sonho, teu coração sonoro
sobre o meu coração sequioso de ideais amorosas;

Penetra profundamente no meu rosto um mundo,
tão desabitado talvez como uma lua;
As coisas que de longe parecem muito raras

deveria ser a hora em que me recolheria
como um poente no bater do teu peito
mas a solidão entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos solto o meu grito

É então que surges com teus passos de menino
os teus sonhos arrumados na mochila em tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos onde a vida nos aprisiona

Longe ...
demora-se ...de encontro às rochas do tempo
à espera pertinente as vezes muda...
...d'um eterno momento.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 21/02/2011
Código do texto: T2806503
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