Velório dos sonhos
Mostrei as minhas mãos espalmadas
As tuas se avizinharam vazias
Tremi pela espera inútil
E tanta foi a minha espera
Que morta em outro canto jazia
Minha demente esperança velava
Seguida da estranha e falsa alegria
Meu ódio se vangloriava
Que no meu peito sempre batia
A razão , sempre equilibrada
Ponderava tudo e assistia
O corpo sem vida já tão castigado
Nada mais , nada mais valia