Cadê Eu?
Há dias o cansaço
É extensão deste corpo.
Encostado no muro
Fico a reparar na sombra refletida:
Pareço-me inútil
Vivendo ilusões.
Essa realidade é fogo
Queimando em brasa meus pensamentos.
Perco a noção (se é que tinha)
Provo do suor escorrendo no rosto
Recordo a infância, o mar...
Cadê o mar?
Fito novamente a sombra...
Cadê sombra, cadê muro?
Descodifico realidade e ilusão
E o que restou foi dor, simplesmente.
Dor que agora me cospe a cara.
Sou terra inabitável...
Suspiro como que por obrigação
E procuro-me, mas cadê eu?
Há dias o cansaço
É extensão deste corpo.
Encostado no muro
Fico a reparar na sombra refletida:
Pareço-me inútil
Vivendo ilusões.
Essa realidade é fogo
Queimando em brasa meus pensamentos.
Perco a noção (se é que tinha)
Provo do suor escorrendo no rosto
Recordo a infância, o mar...
Cadê o mar?
Fito novamente a sombra...
Cadê sombra, cadê muro?
Descodifico realidade e ilusão
E o que restou foi dor, simplesmente.
Dor que agora me cospe a cara.
Sou terra inabitável...
Suspiro como que por obrigação
E procuro-me, mas cadê eu?