PINGOS DE CERA /// O PARTO
PINGOS DE CERA
Se não consigo escrever, a alma reclama
Mas vejo, apática,
O final da vela
De cuja luz se alimenta
E se consume
Pingar a cera
Apagar-se o lume
***
O PARTO
A criança avisa
Está na hora de partir
E chora e grita
Pois do que a estrada lhe aponta
Não consegue
Não sabe sorrir