PINGOS DE CERA /// O PARTO

PINGOS DE CERA

Se não consigo escrever, a alma reclama

Mas vejo, apática,

O final da vela

De cuja luz se alimenta

E se consume

Pingar a cera

Apagar-se o lume

***

O PARTO

A criança avisa

Está na hora de partir

E chora e grita

Pois do que a estrada lhe aponta

Não consegue

Não sabe sorrir

taniameneses
Enviado por taniameneses em 20/02/2011
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