No quarto espraguejando teu nome.
Fico no quarto espraguejando teu nome
Enquanto sereno o ponteiro percorre o relógio ao seu tempo
Com raiva a goiva vai rasgando a madeira
A cada vez que teu rosto surge em minha mente
Malditos sejam esses pensamentos
Que me roubam o sono
Maldita sejas tu e sua boca
Maldito seja eu
Que mal provei do pêssego
E já desejo o pessegueiro
Sem perceber a goiva encontra o dedo
E o sangue entinta a matiz
Que há de pulsar sobre o papel
Lembrando a noite mais fria desse verão
19.o2.2o11.