DESALINHO
DESALINHO
Sinto que estás tão distante,
Tua alma se desprendeu
Abandonando minha alma
Que a tua mesmo prendeu.
Quem me dera ser pó de estrada
Que o vento carrega com ele,
Correria mundo todo
Para aplacar meu desassossego.
Seria do vento o cheiro,
Da terra exalação de saudade,
Meu ser cansado se deitaria
Sem dor, sem cor, sem milagre.
O essencial é saber ver,
Sentir sem se esconder,
Fingir sem nada pensar,
Daquilo que se sabe sente e vê.
Talvez, na noite da vida
Quando a espera chega ao fim,
O tempo que andamos sofrendo
Retorne um pouco mais feliz.
Coração em desalinho
Vou seguindo meu caminho
Sem esperar mais teu carinho,
Felicidade perdida, dor que não tem saída.
MÁRCIA ROCHA
18/02/2011