Poesia concreta

Do jeito que o cão mastiga o bofe

de um jejum de fome,

alguém mastiga e engole

a estrofe

do poema

sem rima,

sem nada,

sem pena;

contudo

consome

poesia

chamada

concreta,

como salada, ovos , arroz e bife

que a menina cega,

sem nome,

com fome,

vê na vitrina,

mas não pega;

sonha que come

só porque rima.

Rima?

luca barbabianca
Enviado por luca barbabianca em 18/02/2011
Código do texto: T2799210
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