Doce Delírio

Essa é uma conversa que tive com o poeta Walter Arruda no msn.

Brincamos de rimar e extraí esse poema em parceria.

Vivo no abstrato

Não sobrevivo ao ato....

Realidade!!!Por quê?

Eu desato ....não acato

Faço desacato,

Mas o fato

É que fujo dela para não sofrer

Necessito da fantasia

Mando-a reviver

E por ironia

A verdade

Irmã da sanidade

Não vai me violar

Camuflo a realidade

A vontade louca de voltar

A delirar no ato de sonhar

E, no entanto

Como no encanto

Ao passado regressar

As feridas vão cicatrizar

A realidade dói no fundo

E o sentimento profundo

Faz-me alucinar

E quando deito meus versos

Nas nuances da poesia

E o reverso

Se torna fantasia

Acresce em meu peito a alegria

E no gozo da ilusão volto a ser feliz,

E então.....o que me diz?

Se vou reciclar sonhos

Fazer promessas

Tudo proponho

Mas não me impeça

Não quero mentir

De sobremaneira

Sou a mensageira da arte de iludir

Não esmoreça tente fingir

O que é a verdade , então?

Nunca se esqueça

Que minha vontade é viver na ilusão

Não peça que te obedeça

Veja meu coração

Quero que o apeteça

Não se iluda porém

Não queira prendê-lo

Eu já o fiz

Deixe fluir além

Pois pela vida iludida

Busco ser feliz

O sonho é o meu presente

Não me aconselho com a realidade

Ela me ressente

A fantasia mente

E não me faz sofrer

A realidade me assalta a vontade

Devolve-me a saudade

E me pede para te esquecer

laura kruger malheiro
Enviado por laura kruger malheiro em 18/02/2011
Reeditado em 18/02/2011
Código do texto: T2798994
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