*NÃO EXISTE TEMPO
NÃO EXISTE O TEMPO
Roberto Romanelli Maia
Escritor, Jornalista e Poeta
Caminhei através dos tempos não apenas o passado.
Retornei sentindo dentro do meu ser cada instante e cada momento
como se estivesse revivendo tudo.
Venci o tempo e tudo que passou, descobrindo que de fato nada passa,
nem acaba, quando existe algo maior.
Aquilo que foi vivido e vivenciado continua no mesmo lugar, a espera
para que possamos perceber e recuperar.
Sim, nada passou em minha vida,
Desapercebido fui príncipe, plebeu, guerreiro, mago, filósofo, cidadão anônimo e personagem de contos e de histórias que não eram de fadas.
Mas acima de tudo fui um viajante do tempo que não se cansou de ir e de voltar.
Meu destino me foi concedido pelo Mestre dos Mestres que um dia em sua infinita provação afirmou que eu voltaria, muitas e muitas vezes, sem descanso nem paradas.
Hoje, passados dois mil anos não sou o mesmo, sinto-me cansado, mas continuo minha missão.
E sofro por ver para onde os homens continuam caminhando sem rumo nem destino certo.
Tendo a certeza de que o fim para todos está próximo.
E que nesse dia Ele retornará com a mesma simplicidade com que veio até a Terra para ser julgado, condenado e sacrificado pelos homens.
Mas uma verdade maior me ilumina: sei que ao seu lado estarei para honrá-lo
e recebê-lo como o único e verdadeiro Mestre dos Mestres.
Viajante do Tempo
Vejo-te assim sem obstáculo, limite
Varrendo horas semeando segundos
Mesmo que no poço não haja fundos
De ti, oh, tempo nunca estamos quite
O maior oráculo de consultas tantas
Curador dos males, do esquecimento
Tudo apagas dos rastros és ungüento
Tudo em ti é espera e esperas quantas!
Dei-me a ti passageira incansável
Debrucei-me na leitura do saber
Quanto mais te lia pra compreender
Mais confusa me deixavas aliável
Consolando a alma fragmentada
Os insanos sonhos que em furor
E nas horas que me roubas o amor
És de mim meu único mediador
Bem sei que a vida é armadilha
As portas abertas, o tráfego livre
Mesmo que insana seja a trilha
Sou de ti cativa oh, tempo rude
Sonia Nogueira
NÃO EXISTE O TEMPO
Roberto Romanelli Maia
Escritor, Jornalista e Poeta
Caminhei através dos tempos não apenas o passado.
Retornei sentindo dentro do meu ser cada instante e cada momento
como se estivesse revivendo tudo.
Venci o tempo e tudo que passou, descobrindo que de fato nada passa,
nem acaba, quando existe algo maior.
Aquilo que foi vivido e vivenciado continua no mesmo lugar, a espera
para que possamos perceber e recuperar.
Sim, nada passou em minha vida,
Desapercebido fui príncipe, plebeu, guerreiro, mago, filósofo, cidadão anônimo e personagem de contos e de histórias que não eram de fadas.
Mas acima de tudo fui um viajante do tempo que não se cansou de ir e de voltar.
Meu destino me foi concedido pelo Mestre dos Mestres que um dia em sua infinita provação afirmou que eu voltaria, muitas e muitas vezes, sem descanso nem paradas.
Hoje, passados dois mil anos não sou o mesmo, sinto-me cansado, mas continuo minha missão.
E sofro por ver para onde os homens continuam caminhando sem rumo nem destino certo.
Tendo a certeza de que o fim para todos está próximo.
E que nesse dia Ele retornará com a mesma simplicidade com que veio até a Terra para ser julgado, condenado e sacrificado pelos homens.
Mas uma verdade maior me ilumina: sei que ao seu lado estarei para honrá-lo
e recebê-lo como o único e verdadeiro Mestre dos Mestres.
Viajante do Tempo
Vejo-te assim sem obstáculo, limite
Varrendo horas semeando segundos
Mesmo que no poço não haja fundos
De ti, oh, tempo nunca estamos quite
O maior oráculo de consultas tantas
Curador dos males, do esquecimento
Tudo apagas dos rastros és ungüento
Tudo em ti é espera e esperas quantas!
Dei-me a ti passageira incansável
Debrucei-me na leitura do saber
Quanto mais te lia pra compreender
Mais confusa me deixavas aliável
Consolando a alma fragmentada
Os insanos sonhos que em furor
E nas horas que me roubas o amor
És de mim meu único mediador
Bem sei que a vida é armadilha
As portas abertas, o tráfego livre
Mesmo que insana seja a trilha
Sou de ti cativa oh, tempo rude
Sonia Nogueira