Pescador
Pescador
Vela aberta ao sabor das ventarolas,
Jangada partindo, sumindo no horizonte,
Redes, sonhos, cantigas caiçaras,
Um gosto de solidão na alma.
A aldeia desaparecendo na alegre manhã,
Gaivotas revoando, algas verdes boiando,
Cantil de água doce, farnel e suor,
Pescaria pródiga , nas vagas do imenso mar.
Murmúrio do vento nos mastros,
Sonolência, implacável calor do meio dia,
Sonhos caiçaras nas lutas de todos os dias,
Lançando as redes nos frutos do mar.
Mãos calejadas nas cordas,
A pele crestada , castigada pelo sol,
Pescador, incansável trabalhador,
Desarmando todos os dias, as armadilhas do mar.
Fim de tarde, fim do dia ,regresso cansado ao lar,
Vela aberta rumo à praia, já se divisa a branca aldeia,
Palmeiras, ramos esvoaçantes, cumprimenta o herói da vila,
Que faz com o seu suor , o ganha pão de cada dia.