DUNAS AO VENTO

Eu deslizando sobre as dunas da ilusão...

Eu deliro às carícias que lambem-me o tato...

Súbito, o agito, o esvoaçar dos alvos grãos

pelos sopros plangentes dos ventos dos fatos!

Eu deslizando sobre as dunas da ilusão,

dourando minha pele ao sol bom, todo grato...

Lançam meu corpo às bravas ondas, águas-mãos,

esses sopros plangentes dos ventos dos fatos!

Eu deslizando sobre as dunas da ilusão

que arrebatadas, levantadas com maus tratos

pelos sopros plangentes dos ventos dos fatos,

vergastam minha essência aos golpes de um tufão.

E eu a fazer, entregue aos riscos abissais,

ininterruptos movimentos espirais...

(Primeira publicação em 09 de junho de 2009)

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 17/02/2011
Reeditado em 26/06/2011
Código do texto: T2797103
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