VOZES SILENTES


A noite cai em suave manto
me embalando em prateados encantos
Em que qualquer estrela é um vagalume suplicando
de amores sorrindo e soluçando

A brisa adentra o espaço
numa sinfonia de vozes silentes
cobrindo-me de abraços
de todos afagos a alma carente

Num momento do sempre, ocasionalmente
me entorpecendo de desejos ausentes
Suspiro o sonho adormecido
como quem só consente

e vejo em mim o distante sorriso
antes furtado por um ato inconsequente
Fecho os olhos frente a minha calma
o sono vem e veste-me de asas

E num voo rejuvenescido, respiro aliviada
mais um sonho, em flores orvalhadas...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 17/02/2011
Código do texto: T2796875
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