VOZES SILENTES
A noite cai em suave manto
me embalando em prateados encantos
Em que qualquer estrela é um vagalume suplicando
de amores sorrindo e soluçando
A brisa adentra o espaço
numa sinfonia de vozes silentes
cobrindo-me de abraços
de todos afagos a alma carente
Num momento do sempre, ocasionalmente
me entorpecendo de desejos ausentes
Suspiro o sonho adormecido
como quem só consente
e vejo em mim o distante sorriso
antes furtado por um ato inconsequente
Fecho os olhos frente a minha calma
o sono vem e veste-me de asas
E num voo rejuvenescido, respiro aliviada
mais um sonho, em flores orvalhadas...