BOA NOITE!
Verbo crepuscular e íntimo alento
Das coisas mudas; bálsamo misterioso;
Desse querer e essas ânsias afrontosas,
de desejos insanos e bocas ardilosas
E em nossa mente a aranha fia e tece,
Com paciente labor, fantásticas visões,
Recúa o pensamento!... E já prostrado
Ecoa, ó mar, pelas praias solitárias
a vagar distâncias as areias visionárias
Desponta a lua. Adormeceu o vento,
Como um sonho de paz e esquecimento
Boa noite!