Singularidade
Pinto quadros conotativos
sobre a embriaguez do amor em desalento.
Com a tinta dos sentidos esboço um retrato teu
no espaço das paixões inócuas,
porque quero apenas comtemplar-te,
nada além disso.
Quero unicamente a doce volúpia da alma
ao sentir teu sorriso afável,
descontinuado pelos dias,
ao ter teus olhos tenros raramente presentes,
teus longos fios dourados tangíveis e lúcidos.
Não mais que isso.
Apenas admirar-te a singela beleza.
E como és belo, meu caro!
És o mais belo cântigo,
um excepcional drama poético do amor.
Amor sem delírio.
Celebro-te.
Exulto-me em admiração.
Tão somente, singular.