VÉRTICE

Dentro das hastes das rosas

Pulsa o sangue da primavera

Os espinhos ferem o ar rarefeito

Das tuas

E das minhas quimeras

Jamais digas que não queres

Pois o destino é mar

A vontade também se sente aprisionada

Na ilusão da liberdade

Prende-se o corpo à mente

E morrem os dois de amor ao pó

Dentro das hastes das saudades

Mora o pranto do desconhecido

Das supostas e imaginadas cidades

Prometidas pelos profetas

Onde não há o vermelho

Denunciando a verdade

Dentro de nós paira o vértice do ângulo

Que do nada nos leva ao ápice

Dentro dos versos palpita

A alma indômita dos poetas

taniameneses
Enviado por taniameneses em 16/02/2011
Reeditado em 16/02/2011
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