Quantos Enganos

Na mesma insana questão,

Nos devaneios previsiveis da vida.

No som leve da lembrança,

Todos os loucos são crianças livres.

E nós sãos humanos racionais,

Os escravos das eternas duvidas,

E de nosso medo de ser-mos loucos,

E aprender o sentido da vida.

As crianças correm descalças,

Enquanto os sapatos apertam meus pés,

O terno e a gravata sufocam meus medos.

Quantos enganos,

Trazem-me uma falsa proteção,

Os loucos são os sãos,

Pois eles que nos ensinam a viver.

Queria correr sem destino,

Sem medo de temer,

De que minha fragilidade,

Me fizer morrer,

Morrer de vergonha do meu ser.

Poias com meus pés descalços,

E minha falta de opinião

Arrancariam minha dignidade de são,

E me faria mais louco,

|Do que o louco, que nada quer entender.