DESESPERO


O infecundo abismo,
Que mudo sorve o que mal somos, torna
À clara luz suspensa
que, pensando, dera
A vida da razão,
que em vão o chama,
Vejo-o e amo-me, como só a ele.

Escutando ouvi, e, ouvindo,
Entendi, que hoje é nada. E o ontem não foi tudo
Tecerei embora as grinaldas....o tempo absorto
Quem coroarei, não coroando a ele?
aspiro e embalo e gemo e canto
e as lágrimas sangram

A grande solidão que de ti espero. ..é ausência
A voz com que te chamo é o encanto que pede socorro 
E o gozo que te dou, é o desespero do amor.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 14/02/2011
Reeditado em 14/02/2011
Código do texto: T2790656
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