Eu e a chuva
O céu, através das nuvens,
Chora
Chove!
Lágrimas que inundam meus pensamentos
Que, por alguns momentos,
Viram teias
Tênues
Frágeis
Sombrias
Frias
Pensamentos que não vão a lugar algum
Embaralham-se entre si
Me torturam
Me rotulam
E eu aqui com a chuva
Tórrida
Permanente
Tentando retornar a um passado
Recente
E ainda tão presente
Que transformou-se em desalinho
Sem sintonia
Sem ternura
Sem brandura
Perdida
Peço aos Deuses
Para alinhar-me
Para aterrizar
Na realidade crua
Nua
Mas que é por onde
Devo trilhar
(12/02/11)