VIAJANTE
Minha alma está barulhenta hoje.
Peço silêncio, mas ela não obedece.
Preciso de três dias para entender seus códigos. O idioma que ela fala, nunca ouvi antes. Silêncio, alma inquieta!
Corra, mas faça sem que ninguém te ouça.
Corre com pés de nuvem.
Algodão cor-de-rosa.
Felicidade.
Inundada nessa poesia que tento escrever, eu finjo que escrevo.
Mergulho num pote de estrelas e tudo transborda. Brilhantemente.
Danço ao som da minha própria voz.
Que hoje é melódica,doce, rouca, forte, insana.
Estou viajante.
Conheço meu mundo e vou sem mapas.
Venha comigo, alma minha!
Em silêncio.
Nós duas.
Com pés de algodão cor-de-rosa.