PRIMEIRO AMOR


Acordei com os primeiros pássaros,
já minha lâmpada de calma, morria.
Pouco a pouco do líquido horizonte
A barca saudosa que levava
Aquele a quem primeiro uni a face
o meu primeiro amor!

Depois de toda mágoa e saudade,
Olhando avidamente para o mar...
Nestas vias em solitária imensidão
Vagando ficções de um pensamento incerto
Surgir das ondas, desfazer-se em espuma,
E sempre a suspirar!

Até que à luz de uma intuição sublime
De alma arrancava o gemido extremo
De saudade, desespero e dor!...
Pois é assim que eu sofro, assim que eu choro,
Que nuvem negra o coração me oprime,
Nuvem de mágoa, nuvem de ciúme,
Em ti não vendo à hora do costume...
Meu anjo e meu amor!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 13/02/2011
Código do texto: T2789216
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.