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PRIMEIRO AMOR
Acordei com os primeiros pássaros,
já minha lâmpada de calma, morria.
Pouco a pouco do líquido horizonte
A barca saudosa que levava
Aquele a quem primeiro uni a face
o meu primeiro amor!
Depois de toda mágoa e saudade,
Olhando avidamente para o mar...
Nestas vias em solitária imensidão
Vagando ficções de um pensamento incerto
Surgir das ondas, desfazer-se em espuma,
E sempre a suspirar!
Até que à luz de uma intuição sublime
De alma arrancava o gemido extremo
De saudade, desespero e dor!...
Pois é assim que eu sofro, assim que eu choro,
Que nuvem negra o coração me oprime,
Nuvem de mágoa, nuvem de ciúme,
Em ti não vendo à hora do costume...
Meu anjo e meu amor!