Diário de muro

entre risadas, volupias

mármore na leveza do ar

entre olhos que beijam olhos

mãos que se abraçam maduras

o tempo curvo engenha redondilhas em tua pele

entre palavras, bocas, ninfas

antípodas de uma ordem antiga

entre o poder que administra margaridas

entre o olhar que para, revolteia, murmura

o protesto é palavra feia, o outro do belo