Início do conflito interno

Não vou nem chorar por você,

porque eu não tenho tempo agora,

se é que um dia tive,

se é que um dia te vi...

chorando baixinho pelos cantos

da sala

de bate-papo,

numa dessas internets da vida,

procurando a sua cara-metade,

sua tecla-metade,

metade ignorância,

metade futilidade,

e o que sobra é nada.

Nada nesta mão,

nada nesta outra mão,

“abra cadabra” não vai mais adiantar.

Você se vende,

você se esconde,

e no fim, qual é a sombra?

Já estou fora dessa discussão,

e também nem quero estar em outra,

estou no nada,

estou parada.

Olho agora para o céu e pergunto:

Será que alguém um dia irá me amar?

Não se ouve resposta...

as estrelas viram-se de costas,

fingem não me escutar...