O BÊBADO

Perambulando pela cidade

Cambaleante e desolado

Lá vai um bêbado claudicante

Caminhando sem noção.

Incrustada em seu peito

Uma paixão sem limite

Uma dor que insiste

Em tirar a sua razão.

Pés descalços e trôpegos

Em descompasso a caminhar

Olhares de deboche ou compaixão

Lamentam sua má sorte

Mas poucos ousam lhe apertar a mão.

Temem ser ridicularizados

Imagine sendo flagrado

falando com um João ninguém.

Ronaldo Rivas
Enviado por Ronaldo Rivas em 12/02/2011
Reeditado em 02/06/2019
Código do texto: T2788508
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