O BÊBADO
Perambulando pela cidade
Cambaleante e desolado
Lá vai um bêbado claudicante
Caminhando sem noção.
Incrustada em seu peito
Uma paixão sem limite
Uma dor que insiste
Em tirar a sua razão.
Pés descalços e trôpegos
Em descompasso a caminhar
Olhares de deboche ou compaixão
Lamentam sua má sorte
Mas poucos ousam lhe apertar a mão.
Temem ser ridicularizados
Imagine sendo flagrado
falando com um João ninguém.