POENTES
Há poentes desolados
e o vento às vezes é brusco
a vida no sol-poente
fica assim num triste enleio
entre melindres e receios
e nós perdidos no meio
Meu grito vive a ponte que o abismo
há muito conquistou.
O lume é ténue,
a chama é quase ausente
e quase extinta.