O CIÚME



Morre a luz, abafa os ares
E a seus pés vem tragando brasas
A vil fúria do ciúme.
Respira veneno e peste
De buído, ervado gume,
Vem retalhar corações
cruel sócio do Amor
Escapar ninguém presume,
pois crava as suas garras
Em si guarda, em si resume
A negra fúria do ciúme

Dos imutáveis destinos
Quantos estragos tem feito
Do rosado seio
saltam males em cardume
Que cura existe pra quem morre de ciúme?
Não mais aguento me envenenar com tanto azedume
Pois do amor não quero a sociedade
somente das rosas o inesquecível perfume
Do prazer ao áureo cume.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 11/02/2011
Código do texto: T2786259
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