INTIMO
Quem diz
será que sabe,
mulher?
seus anseios...
A febre
eruptivel
do toque
ao olhar e ver-se
crua
no espelho.
Quem te exala
sente?
O desejo
sóbrio
vagando...
Á margem
do sagrado
ventre,
um céu em pecado
conjugado e demente,
se buscando.
E voraz...
a vontade
e a fome
se comem,
no juízo que some
quando o corpo festeja
o sentido...
O prazer
rompendo
o silêncio,
no auge
desse teu
instinto.
Quem te vê
será que sabe,
mulher?
Tal degelo íntimo.