Sem chama
A minha pele de febre queimando,
Em suspiros fazendo pedidos
A mãos que não param, que tocando,
Acordam prazeres quase esquecidos ...
Boca a boca, línguas misturando,
Abrindo caminhos proíbidos ...
Corpo a corpo, recebendo e dando ...
De desejo em tremores sacudidos ...
Não mais contendo, por fim deixei
A alma escapar e ao céu subi,
Envolta por gritos e gemidos ...
Mas logo num inferno mergulhei,
De fogo feito cinza, pois sem ti
Se gelaram o sangue e os sentidos ...