Medo
Medo (24/01/2006)
Medo, que me faz deixar de buscar o que quero
E ao mesmo tempo me livra de muitos perigos.
Que evita ter meu íntimo na face refletido
E me deixa trêmulo ante aquilo que espero.
Que faz subir em mim o nível de adrenalina
Deixando meus sentidos ainda mais aguçados.
Meus futuros momentos tornados passados,
Quando recuo ante minha vontade desatina.
Medo, que se mostra tão verdadeiro amigo,
Fazendo com que preveja e antecipe ao perigo,
Recuando e aceitando por vezes imensa dor.
Pois para evitar um maior sofrimento,
É preciso resistir ao perfume do momento
E do jardim não colher a encantada flor.