Coletivos & Afins!

Colhendo grãos, bagas espalhadas,

Partes cerebrais por todo o pátio,

Neles não pode doer, mas aqui sim,

Imputados da terceira via sistêmica,

Pantominas que tem dinheiro, outros não,

Um feérico sobreviver sem impostura,

Nas asas cortadas para arrastar sempre,

O mais rente ao chão possível, sobras,

Somente sobras na esganiçada ganância,

Eles querem soluções para os seus problemas,

Que eles mesmos criaram, mas e os nossos?

Tudo é uma questão de dinheiro, vil metal,

Avilta tanto a falta exasperada & latente,

Como o volume na mão de tão poucos,

Um trabalho para ser realizado precisa de grana,

O sujeito tem, de sobra, além até da conta,

Ele sabe que o desesperado se remediará,

Contudo, faz o maior “doce”, pouco caso mesmo,

Até o infeliz, praticamente, desistir da idéia,

Ou mesmo deixar de mão beijada sua criação,

O infeliz vai continuar passando apuros,

Enquanto o outro, nem lamentar vai,

Capaz até de argüir, que só somos vagabundos,

Querendo se aproveitar de suas posses,

O trabalho em si, foi considerado uma coisa...

Malversações, ações dúbias, descalabros,

Algumas políticas para ajudar ali, outras negando,

Mais sementes espalhadas, bagas partidas,

Descerebrados passando pelas escolas,

O ocaso fortuito da sorte parruda, lápides,

Barrigadas expostas, expondo neuroses & caos,

Todas as esperas engolidas bem a seco,

Afinal, não estão tão necessitados agora,

O conhecimento desempregado por muito tempo,

Como se nenhuma conta fosse preciso pagar,

Querer trabalhar, não é uma divagação!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 31/10/2006
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