3413-TRANSPORTE FERROVIÁRIO - Poema saudosista - Por Sílvia Araújo Motta

3413-TRANSPORTE FERROVIÁRIO

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Poema saudosista nº 3413

Por Sílvia Araújo Motta

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Quantas saudades da Estação

próxima da minha casa...

Eu ficava trepada nas goiabeiras

ou assentada na gangorra

da pitangueira,

Estava sempre cantando...

Escolhia a melhor canção

para esperar meu irmão

que foi Chefe da Estação

de algumas cidades vizinhas...

Da janela do trem,

ele e outros me acenavam!

Eu ficava feliz pela atenção...

Sonhos liberavam pensamentos!

Quantas saudades da linha

com dois trilhos de aço,

sobre dormentes de madeira

forte e de primeira linha...

Os passageiros que desciam

daquele comprido trem,

muitas esperanças traziam...

Segredos, ainda me fazem bem!

O apito do trem exigia

o cuidado dos belovalenses...

daquela cidade mineira,

naquela travessia perigosa...

da Rua Cel. Pedro Rocha...

Minha rua! Quanta lembrança!

Quantas saudades do trem de ferro!

---Enxuguei, agora, uma lágrima!---

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Belo Horizonte, 19 de janeiro de 2011.

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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 10/02/2011
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