Ensaio da disrupção

Ah! fala, abstraído coração

Que inda ama sem perdão,

Sempre te perdes de paixão...

Por amares tão sem pendão

Deixa-te alhear sem razão.

Amar com tanta sofreguidão,

Te faz mirar com devoção

A quem só te vê, sem afeição.

Ah! Pára, tão inútil coração,

Vê se te porta com distinção.

Esquece de amar em oblação,

Te entregar sem contemplação

A quem nem te julga como irmão.

Pensas que é amor em floração...

O que é apenas pura emoção.

Fica então nesta tola desolação.

Ah! Cala, enfim, este coração,

Aprende a amar com moderação.

Pode entregar-te sem restrição,

Mas lembra: amar é comunhão...

Tem que existir compreensão,

São sempre dois seres em união,

Duas almas na mesma conexão...

Fora disso, só há total desilusão!

Brasília-DF, 09 de fevereiro de 2010.

Claudio Reus
Enviado por Claudio Reus em 09/02/2011
Reeditado em 15/03/2011
Código do texto: T2782567
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.