Sem mais palavras.
Sem mais palavras.
Optei pelo cômodo prazer em sustentar-me quieto.
Enveredei-me abobado à saudade sabe-se lá do quê,
Enquanto troco os meus sapatos e ilustro meus enredos
dos lugares mais longíncuos. O coração se parte, amiga...
Sem mais castas, por favor.
Alcancei o hereditário por mostrar-me solidário.
Que diabos fiz, afinal, para a humanidade?
Mudar-me-ei para as abóbadas que são o meu lar.
Sentir saudade não é escolha: é a vida mostrando-se
Por existir e encaixando-se nos eixos que o humano,
Só por si, reconhece e que o divino deixou-nos por optar -
"Optei pelo cômodo silêncio em susterntar-me são"
Pelo quê optarás?
Optarás pelo silencio dos gritos?
Optarás pela circunstância de um abandono?
Degustam, então, o paladar com sabor de uma perda.
Degustam, então, uma democracia menos democrata,
O silêncio da vida é injusto, o barulho da vida é injusto.
Além de não ter a estrela que muitos carregam, sinto uma tal de saudades.
Sinto saudades das loucuras que atingiam minha mente e ressaltavam em loucuras.
Sinto saudades da estrela que nunca existiu, mas será que existira? Sinto saudade de você.
Sinto saudades da obsessão de ser alguém e de ter alguém, ao vês de ser ninguém, mas no porém da vida não quero viver no além. Mas também não quero ser ninguém. Sinto saudades.
Sinto saudade de conquistar espaços, não ser apenas como uma foto no auto-retrato.
Sinto saudade da esperança de acordar – mesmo que eu esteja acordado.
Sinto saudades de rir, mesmo que a piada seja sem graça – sinto saudade da graça - Cadê você graça? Enfim, numa dor que não passa, a única palavra que permanece equalizando minha mente é saudade.
Renato F.Marques