Ateliê

Havia acostumando a pintar meu mundo em sépia

Até que você me mostrou seu retrato

Em apenas preto, branco, e vermelho sangue

Você me fez trocar as cores

Passei a pintar as cores do meu medo

Nos retratos da infância sórdida que não queremos ver

Aceitei as condições acidamente humanas

Dei-me à fantasmas que no fundo são eu

E você?

Foi embora sem dizer obrigado

Ou me dar a foto que tirou de mim