SEMPRE AS ROSAS

(Reeditado como poesia)

Levanta um dia invejoso o lírio,

Eu não perco em nada para a rosa.

Retruca do outro lado a bromélia;

Sou mais bela que os dois deixe de prosa.

A flor de papoula não deixa barato;

A rosa não tem metade do meu brilho.

Mesmo assim coloco no chinelo a bromélia

e nem me rabaixo a falar com o lírio.

A palma não gostou e disse que e a tal.

A mais bela de longe com variadas cores.,

Quem se encanta ao passear pelo jardim,

já para nela quando o assunto são flores.

A azaléia se aborreceu e irritada falou:

Que todas são mesmo umas convencidas.

E que sua beleza encerra logo o assunto.

Jardim algum vive sem ela florida.

O amor perfeito encolheu quieto a um canto.

A flor do campo gritou: mas que falta de tato.

ponham-se já todas em seus cantos caladas

sou a flor mais bela no jardim e no mato.

Iniciou-se a discussão e balburdia geral.

Zoeiras, desaforos chacotas e muita prosa,

passou um jardineiro calando todas elas,

levando nas mãos radiante buque de rosas.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 08/02/2011
Reeditado em 08/02/2011
Código do texto: T2780275
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