ALENTO
Não choreis, ventos, árvores e mares,
Como um pranto de larvas tumulares...
Pois eu compreendo a vossa língua estranha
ruídos remanescentes que a alma entranha
Não serás tu, queixume vaporoso,
Das coisas mudas, um sonho misterioso.
E pairando, já puro pensamento,
Acordareis um dia em suspenso tempo
E acabará por fim vosso tormento.
No verbo crepuscular e íntimo alento: O amor.