Renovação

Quando se aproxima a hora da despedida

É como a brisa morna da tarde que deita

Saber que já é tarde, e a noite está feita,

E o final vem célere, ao sabor da brisa.

Não há como fugir de tamanha desfeita

Cerram-se as esperanças de quem duvida

O contentamento da alma, ainda aturdida,

Cede à mágoa extrema e a ela se sujeita.

No breu, chora-se pelo tempo que finda

No leito, reflexivo, a noite é mais lenta

E toda alegria aparenta não ter sido vivida.

Mas, a vida renova-se como a manhã que adentra

Toda dor tem seu fim, ainda que desmedida!

A esperança de um novo dia é o que nos alenta.

Geraldo Meireles
Enviado por Geraldo Meireles em 08/02/2011
Reeditado em 15/11/2013
Código do texto: T2780113
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