Renovação
Quando se aproxima a hora da despedida
É como a brisa morna da tarde que deita
Saber que já é tarde, e a noite está feita,
E o final vem célere, ao sabor da brisa.
Não há como fugir de tamanha desfeita
Cerram-se as esperanças de quem duvida
O contentamento da alma, ainda aturdida,
Cede à mágoa extrema e a ela se sujeita.
No breu, chora-se pelo tempo que finda
No leito, reflexivo, a noite é mais lenta
E toda alegria aparenta não ter sido vivida.
Mas, a vida renova-se como a manhã que adentra
Toda dor tem seu fim, ainda que desmedida!
A esperança de um novo dia é o que nos alenta.