Tempo paralelo

O que nos uniu no passado,

pode ser o motivo de estarmos separados

não ver os filhos crescerem, casarem, apresentá-los;

E nós orgulhosos, de mostrá-los a nossos pais.

Sentidos sem experiências;

Só a carne leva aos sentidos da mente

por mais que se veja o sentido dos outros

não sentimos no coração;

Aclamamos aos véus que velem por birra.

O baile de quinze anos,

de quem não nasceu,

ou não pariu para a vida real;

Pode ter ficado nos sonhos de quem ?

Lembranças apagadas

do que não existiu

o filho que ainda vou ter

lembrará do por que de diversão

do andador da vida

da bengala que deixei de herança

para seus filhos

fazerem dela

um cavalo-de-pau

atravessando a sala

desbravando horizontes;

como se a sala fosse a maior distância

a ser percorrida em cima de um cavalo.

Espadas cruzadas de cabos de vassouras,

cruzam o ar, rasgando a inocência

de crianças amadas,

sem a sobriedade dos adultos.

Por tempo apagado,

apaga a luz da mente brilhante.

onde mais procurar ou achar,

a sombra da caverna, onde acendi o fogo

para clarear a sombra descoberta por mim.

JorgeBraga
Enviado por JorgeBraga em 08/02/2011
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