ah ! quem me dera ser um sonho
um tempo , um sono , um vento,
um instante, um ideal,
quem dera eu fosse agora
um cantico celestial...
hoje nao é sabado,
um riso ternura
um silencio e tanto
onde o céu pudesse encostar
louca , sinto-me
no divã do tempo
quem me ouve ?
não ha como desatar o passado
e hoje nem é sábado,
mas há uma musica alta em algum lugar
numa cirurgia mágica
desmancho a vida (parte trágica )
mas hoje não é sábado...
a beleza das flores realça a janela
olho a rua
sol é lua do dia ...
no espaço azul , tantos corpos felizes
quanta gente existe no mundo
a hora corre, há inversos no dia
queria dizer tudo
chorar tudo
antes da mudança...
as folhas verdes de verão
guardam lembrança de alguém
coisas absurdas e surdas
deixam reinar a menina
na mulher sofrida
há descrédito , e no silencio
o mundo fala
suor no corpo
as vezes é água fresca,
num instante de bobeira
onde a macia vós seduz, induz ,
mais nao comanda
a fila anda
ja é quase tarde
uma vida tarde
e hoje nem é sábado...
mas ,o tempo sorri
em qualquer dia
até na chuva incontida
ha sorrisos de sobrevivencia
em qualquer dia de luto , ha nascimentos,
o tempo chora e sorri
feito o sino da praça
em festa ou morte
toca toca toca....
mesmo que seja sábado...
alguns lamentos sao surdos
alguns coraçoes sao velhos para abrigarem
sonhos novos,
as vezes fico taõ só como a folha que cai ao chão,
outras , me visto de jardim
e saio olhando qualquer coisa no céu...

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 08/02/2011
Reeditado em 19/04/2013
Código do texto: T2779303
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