A Rua Vazia
Naquela noite fria
no quartel de polícia
a sentinela guardava
a rua vazia.
Relâmpagos no horizonte...
A lua sombria
entre nuvens se escondia.
Na rua um cão sarnento latia e
na cumeeira uma coruja que pia
em meu corpo um arrepio envolvia
não sei de medo ou de frio.
No silêncio da noite,
um burro velho que cruza
a rua vazia,
são duas da madrugada
e sem alteração
o sentinela transfere
o posto
na portaria do quartel,
da rua vazia.