(POEMA AO MAR)



Não fora o mar, tantos para viver, para morrer,
movimentos dos meus braços, angústia, pequeno prazer.
seria vaga música ao sol pôr o perfume duma flor.
em asa de borboleta, rouxinol, arder o pulsante amor

Não fora o mar apenas ilusão, miragem,
o desejo balbuciante de viagem.
alada, quieta, sem um golpe de asa.
sobreviver a solidão em casta casa

e seriam contados os meus passos,
tantos os movimentos dos meus braços,
breve canção, passo breve na areia,
e o longo apelo, meu canto de sereia

Não fora o mar, o indomável coração
aceitaria o freio em abstinência de razão
se todos os meus sonhos não lhe fosse em vão.
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 07/02/2011
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