Fim
O indesejável surpreende, logo amanhece uma vida abatida,
Incabível.
O dia que o sol não quer alumiar,
Não luzerna.
Tampouco no horizonte reside sua imensa radiação.
Fita-se o tempo num instante pausado,
Mas certo tempo não existe
E ponteiro conturbado não resiste, atropela horas em fração de segundos.
Eterno até o fim, fim até que acabe.
Viagem turbulenta ao seu ninho, relatos flagraram os inexoráveis pássaros.
Não soavam mais, despertaram e agora são sublunares.
Por quê?
Porque o movimento é mútuo, louco e a vida é muito pouca.
O futuro não será lembrado, giz aguado escreve invisível.
Logo morrerá.
No início furtarão lembranças encontradas na extremidade do passado, acabado.
Jamais delete.
Mudança, virada, o que resta?
Ilusão.
Não basta jogar na sorte, pois dados que falam não sincronizam.
Penas e penas, jogo da sorte, todos concebem azar.
Talvez o medo de tudo exaurir, acabar.
Momento inabalável,
Vida finita.
Quando realmente por esta esquina passar o fim,
Penas secas e inúteis rabiscarão suas lembranças na eternidade.