Fim

O indesejável surpreende, logo amanhece uma vida abatida,

Incabível.

O dia que o sol não quer alumiar,

Não luzerna.

Tampouco no horizonte reside sua imensa radiação.

Fita-se o tempo num instante pausado,

Mas certo tempo não existe

E ponteiro conturbado não resiste, atropela horas em fração de segundos.

Eterno até o fim, fim até que acabe.

Viagem turbulenta ao seu ninho, relatos flagraram os inexoráveis pássaros.

Não soavam mais, despertaram e agora são sublunares.

Por quê?

Porque o movimento é mútuo, louco e a vida é muito pouca.

O futuro não será lembrado, giz aguado escreve invisível.

Logo morrerá.

No início furtarão lembranças encontradas na extremidade do passado, acabado.

Jamais delete.

Mudança, virada, o que resta?

Ilusão.

Não basta jogar na sorte, pois dados que falam não sincronizam.

Penas e penas, jogo da sorte, todos concebem azar.

Talvez o medo de tudo exaurir, acabar.

Momento inabalável,

Vida finita.

Quando realmente por esta esquina passar o fim,

Penas secas e inúteis rabiscarão suas lembranças na eternidade.

Rodney Mota
Enviado por Rodney Mota em 07/02/2011
Reeditado em 30/07/2023
Código do texto: T2777309
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