Um poema pode ter mil e uma utilidades
Mil e um poemas pode ter utilidade nenhuma
Alguma poesia pode aproximar da verdade
Mas a verdade não tem poesia nenhuma...
Nada vem de lá
Mas a poesia cumpriu o seu dever
De doer, de sangrar, de tentar dizer
De fazer sofrer e depois voar
De querer partir e não mais voltar
Mas esteve sempre aqui
Fielmente bem perto
De qualquer olhar
Nada vem de lá
A poesia quer calar, parece
Parece que só quer esquecer
Que cada verso pode ser uma prece
E na súplica desistir de querer
E o que não diz nunca esquece
Lembra sempre de não dizer
O que não sabe ou não quer
Parece...
Nada vem de lá, parece
A poesia não sabe esquecer
Ou talvez não queira ainda morrer
Nada vem de lá
Nem vento, nem poesia
O vento não quer mais me ver
E a poesia não sabe mais dizer
Mil e um poemas pode ter utilidade nenhuma
Alguma poesia pode aproximar da verdade
Mas a verdade não tem poesia nenhuma...
Nada vem de lá
Mas a poesia cumpriu o seu dever
De doer, de sangrar, de tentar dizer
De fazer sofrer e depois voar
De querer partir e não mais voltar
Mas esteve sempre aqui
Fielmente bem perto
De qualquer olhar
Nada vem de lá
A poesia quer calar, parece
Parece que só quer esquecer
Que cada verso pode ser uma prece
E na súplica desistir de querer
E o que não diz nunca esquece
Lembra sempre de não dizer
O que não sabe ou não quer
Parece...
Nada vem de lá, parece
A poesia não sabe esquecer
Ou talvez não queira ainda morrer
Nada vem de lá
Nem vento, nem poesia
O vento não quer mais me ver
E a poesia não sabe mais dizer