EROS E POESIA
Tomo-a pelo pescoço
Aperto com toda a força
Até a língua apontar
Indecente
E a beijo infinitamente
Como se fosse gente
Mordo-lhe os dentes
Encho-lhe a boca de veneno
Canto uma canção sobre os lábios
E a solto
Levemente
Beijo a poesia
Com furor e agonia