POEMA NO MEIO DA RUA
A chuva fez aflorar
Do asfalto chorando ladeira abaixo
Os paralelepípedos da rua de minha infância
E eu fiquei pensando e pensando...
Em quantos sonhos pisaram aquelas pedras
Insensíveis à chuva
Insensíveis como os corações que as esconderam
Enfim, os sonhos puderam respirar
E eu ouvi os saltos dos sapatos
Pisando canções do passado
E trescalando a perfume
De bailes e de amores