ETERNO RECOMEÇO
Minha poesia,líquida,desliza
Amanhecida e calma na vitrine
E a mente, ainda nua,me avisa
Que a palavra emerge saltitante
E a essência do verbo se define.
Tenho a palavra em mim
Buscando o cais
Algum porto seguro
Ou mais
O pó das coisas,o sumo,o limiar
Do tempo sem o tempo e sem ponteiros
Da nuvem esquecida de ´passar.
E quando a tempestade de janeiro
Inunda a minha alma e o meu verso
Tranquilo o jardim se refloresce
E eu volto ao meu eterno recomeço.